Você acha que esta fazendo bem ao seu cachorro, principalmente de grande porte, suplementando? Pois saiba que você estará contribuindo para algumas doenças de crescimento.
Portanto, um bom manejo nutricional é fundamental, a ração balanceada, para quem não quer correr riscos, é a melhor alternativa. Porém existem 3 grupos de alimentação, que devem ser analisadas de acordo com a raça e porte do cachorro.
O primeiro grupo defende o uso de rações de alta proteína (30-36%), o segundo um nível médio (25-28%) e o terceiro um nível nunca superior a 23%.
Como tenho experiência em cães de grande porte, vou dar o meu palpite, o nível médio (25-28%) é o mais adequado, mas vamos falar o por que.
A alta proteína é mais recomendada para países de clima frio, isto porque o excesso de proteínas gera calor, fazendo com que o cachorro pare de comer se a temperatura ambiente também for quente. A principal desvantagem é que cães pesados têm maiores chances de desenvolverem problemas de aprumos e de articulações pois a alta proteína muitas vezes é acompanhada de altos níveis de outros nutrientes que podem ser prejudiciais ao desenvolvimento do cachorro. É importante lembrar que o excesso de nutrientes pode ser tão (ou mais) prejudicial do que a carência.
A média proteína é a melhor alternativa. Se for utilizada uma ração que tenha uma boa fonte de proteína (prefira carnes aos seus derivados, como a farinha de carne) assim você permite que o cachorro se desenvolva ao máximo de seu potencial, sem correr os riscos de excessos nutricionais prejudiciais. O único cuidado é a necessidade de um monitoramento do peso do filhote para ajustes das quantidades ofertadas.
Já o modelo da baixa proteína, que segue a linha do uso de rações para cães adultos, diminui em muito o risco de problemas de crescimento, mas corre-se o risco de o animal não atingir todo seu potencial genético, portanto, pode ser dada com o acompanhamento e monitoramento do filhote pelo veterinário.
Se com a alimentação, já devemos ter um cuidado especial, o que se dirá então de suplementação, a maioria dos suplementos que existem no mercado, possuem cálcio e vitamina D, com o uso destes, além de desbalancear a ração, você estará levando o seu filhote a correr alguns riscos, abaixo um quadro que sintetiza tudo de uma forma bem clara:
Verdades e Mentiras |
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Cães de raças grandes necessitam de mais cálcio do que cães de raças pequenas |
mentira |
Cães de raças grandes toleram menos o excesso de cálcio que cães de raças pequenas. O cálcio de suas dietas deve estar entre 1 e 1,4% da ração. | |
Cães de raças grandes devem crescer magros, sem excesso de peso ou gordura |
verdade |
Uma taxa muito acelerada de crescimento e o excesso de gordura e peso corporal predispõe estes animais a problemas de desenvolvimento ósseo. | |
Durante a gestação as necessidades de cálcio e vitamina D são maiores |
mentira |
No final da gestação as fêmeas apresentam um aumento do apetite. Este maior consumo de ração já garante uma maior ingestão destes nutrientes. | |
Cães sintetizam toda a vitamina D que necessitam se tomarem sol |
mentira |
Em um trabalho publicado em 1994 se comprovou que estes animais, mesmo tomando sol, necessitam de vitamina D em suas dietas | |
Uma supernutrição pode fazer com que meu animal consiga uma maior estatura quando adulto |
mentira |
A estatura final do animal é determinada geneticamente. Se recebe alimentação insuficiente ele acabará menor pois não conseguirá crescer, mas o inverso não ocorre. Se superalimentado durante o crescimento ele estará mais predisposto a ter vários problemas de saúde | |
Durante a lactação as necessidades de cálcio da fêmea são maiores |
verdade |
O leite é rico em cálcio, de modo que a fêmea deve receber durante a lactação uma ração com pelo menos 1,4% de cálcio | |
Frente a uma alimentação caseira, posso suplementar o cálcio necessário com medicamentos injetáveis ou produtos líquidos via oral |
mentira |
Suplementos de cálcio e vitamina D líquidos (injetáveis ou via oral) são boas fontes de vitamina D mas não de cálcio. O cálcio é necessário em grandes quantidades ao organismo e a única maneira de fornecê-lo é com suplementos em pó, que são misturados ao alimento | |
Suplementar as rações com cálcio e vitamina D garante melhor nutrição aos animais |
mentira |
Boas rações apresentam estes nutrientes já com ampla margem de segurança para o animal. Além disso, eles são baratos, não pesando no custo final do produto. Os desafios da qualidade das rações estão nos ingredientes, nível energético e protéico e em sua digestibilidade. Se desconfia do produto, ao invés de suplementá-lo com isto ou aquilo, é melhor mudar para uma marca de confiança. |
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