Cadelas castradas têm cio?
Sim, cadelas castradas podem entrar no cio em raras circunstâncias. Uma cadela castrada entrar no cio, não é de fato uma ocorrência comum, mas pode acontecer! Fique atento se ocorrer sangramento após a castração e procure ajuda veterinária imediatamente, para investigar o que está acontecendo com sua cachorra.
Explicando de forma bem simplificada, cada um dos ovários é num “saquinho”. O ovário no caso de animais mais velhos e com sobrepeso, pode estar gorduroso, ou estar localizado em um lugar errado do corpo, etc.
Nestes casos, pequenos pedaços de tecido ovariano podem permanecer aderidos ao corpo após a cirurgia de ovário-histerectomia. Nestes casos, o tecido do ovário pode crescer novamente e responder aos sinais químicos do cérebro fazendo com que os hormônios entrem em atividade, provocando o estro.
- Cadelas castradas têm cio?
- Síndrome do Ovário Remanescente em Cadelas (SOR)
- Como saber se minha cadela sofre de síndrome do ovário remanescente em cães
- Sintomas da síndrome do ovário remanescente
- Causas da síndrome do ovário remanescente
- Diagnóstico da síndrome do ovário remanescente
- Tratamento da síndrome do ovário remanescente

Estro, cio ou ciclo estral, é o período da fase reprodutiva das cadelas, ou seja, é o período em que as cadelas apresentam sinais de receptividade sexual, que é seguida da ovulação.
Você deve estar se perguntando; como minha cadela castrada pode estar sangrando, se os ovários e o útero foram removidos?
De fato, como o útero foi removido, não existe maneira de ocorrer uma fertilização, no entanto, a vagina pode inchar e sangrar em resposta aos hormônios, simulando um cio.
Um ciclo estral também pode ser simulado por uma infecção vaginal ou da bexiga. Por isso é fundamental consultar seu veterinário para que ele examine sua cadela para se certificar através de exames se ela pode ter algum problema com relação a infecção ou se ela de fato pode estar com algum resquício de ovário remanescente após a cirurgia de ovário-histerectomia.
Se você tem dúvidas em como funciona o cio da cadela, castração e outros assuntos relacionados a sua cachorra, confira os artigos abaixo.
- 12 perguntas mais comuns sobre cadela no cio
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Síndrome do Ovário Remanescente em Cadelas (SOR)
A síndrome do ovário remanescente em cadelas não é uma ocorrência comum, mas pode acontecer!
Após a castração, algumas cadelas apresentam sintomas de cio como secreção vulvar com sangue, mudanças de comportamento e também provocam o interesse dos machos, como no caso de uma cadela não castrada que está entrando no cio. É neste momento, em que muitos proprietários de cadelas castradas, ficam confusos, já que suas cadelas foram submetidas a cirurgia de castração.
A esterilização cirúrgica de animais domésticos é considerada a séculos a opção de tratamento mais confiável para prevenir o cio, como método contraceptivo, e também para diminuir a incidência de tumores de mama e ovários.
O primeiro relato da síndrome do ovário remanescente em animais de estimação, foi descrita pelos pesquisadores Shemwell e Weed, nos anos 70. Eles realizaram um estudo fazendo a implantação de fragmentos da córtex de ovários no peritôneo (camada que reveste a parte interna do abdômen e órgãos abdominais) de um pequeno grupo de gatas, que já haviam sido submetidas a cirurgia de castração. Depois de quatro meses, eles observaram que duas gatas exibiram sinais de estro e outras duas apresentaram cistos ovarianos com atividade folicular. Portanto o estudo provou que, se for deixado um fragmento de ovário durante o procedimento de ovário-histerectomia, ou se acidentalmente um fragmento de tecido ovariano cair no abdômen, pode ocorrer a revascularização e o vário acaba se tornando novamente funcional. Um cadela que apresenta a síndrome do ovário remanescente (SRO), não corre nenhum risco de ficar grávida, no entanto este tecido ovariano remanescente pode afetar a qualidade de vida da cadela, pois além dos sintomas de cio, pode promover o desenvolvimento de células tumorais. A síndrome do ovário remanescente é uma complicação mais comum em mulheres do que em cadelas ou gatas.
Como saber se minha cadela sofre de síndrome do ovário remanescente em cães
Como já explicamos anteriormente, a castração de fêmeas é a remoção cirúrgica do útero e ovários, que é chamada de ovário-histerectomia. Este tipo de cirurgia resulta na interrupção do estro (cio) e consequentemente de seus sintomas na fêmea. No entanto, eventualmente, após a realização de uma castração (ovário-histerectomia), algumas cadelas continuam a exibindo os sinais comportamentais e/ou físicos relacionados ao cio. Quando estes sintomas acontecem, existe a possibilidade de que algum tecido de ovário possa ter sido deixado dentro do abdômen da cadela. No caso do tecido ter se tornado funcional, ele continua a secretar hormônios, o que provoca sinais comportamentais e/ou físicos de cio na cadela castrada. Estes sintomas já podem ser percebidos dentro de poucos dias depois da cirurgia de castração, mas também podem demorar entre um e dois meses para serem percebidos.
Sintomas da síndrome do ovário remanescente
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- Inchaço da vulva;
- Corrimento vaginal;
- Atração de cães machos;
- Interação passiva com cães machos;
- Algumas fêmeas chegam a permitir que o macho acasale.
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Causas da síndrome do ovário remanescente
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- A não remoção de ambos os ovários completamente durante a cirurgia;
- A presença de tecido ovariano anormal;
- Ovário supranumerário (número excessivo de ovários)
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Diagnóstico da síndrome do ovário remanescente
É importante oferecer ao veterinário uma atualização completa a respeito do histórico veterinário de sua cadela, desde o início dos sintomas, para cruzar os dados de quando surgiram os sintomas e a data da castração de sua cadela. O histórico normalmente inclui, alterações de comportamento e sinais de cio que ocorreram após a castração, ou seja, a retirada dos ovários e do útero. Depois que você apresentar o histórico de saúde para ele, o veterinário deve realizar um exame físico completo. Provavelmente irá solicitar exames de laboratório para analisar o quadro mais a fundo. Estes exames incluem o hemograma completo, perfil bioquímico e exame de urina. Se o caso de sua cadela for realmente síndrome de ovário remanescente, é possível que todos os resultados estejam dentro dos níveis normais.
Existem alguns exames mais específicos que podem medir o nível hormonal da cadela, podendo mostrar como estão os níveis de estrogênio e progesterona. Um indicativo de SOR são níveis mais altos do que seria de esperar em um cadela castrada. Um exame citológico vaginal também pode ajudar a determinar se a cadela está no cio. Outro exame que pode ser solicitado pelo veterinário, é o ultra-som, que pode ser útil para determinar se existem resíduos de tecido ovariano na cadela. No entanto, em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para confirmar a presença de tecido ovariano remanescente. Se tecidos remanescentes forem encontrados no abdômen, a remoção desses tecidos residuais pode ser realizada através de uma cirurgia investigativa.
Tratamento da síndrome do ovário remanescente
Após o diagnóstico que confirme que sua cadela está com um tecido ovariano funcional, provocando cio, o veterinário provavelmente deverá propor uma segunda cirurgia para remover qualquer resquício de tecido ovariano.

Vida e Gestão
O prognóstico é muito bom, após a remoção de resíduos de tecidos de ovarianos remanescentes. Todos os sintomas anormais devem cessar após a cirurgia.
Cadelas submetidas a uma cirurgia de ovário-histerectomia ou a uma cirurgia para remover o tecido restante de ovário que ainda esteja funcional, terão que tomar analgésicos por alguns dias após a cirurgia. Antibióticos preventivos também costumam ser utilizados para evitar infecções. Nunca ofereça a sua cadela, medicamentos que não sejam prescritos especificamente para ela por um veterinário. Siga as orientações de alimentação que seu veterinário prescrever e não ofereça nenhum tipo de suplemento adicional sem consultá-lo. Os primeiros dias após a cirurgia podem ser mais delicados e em geral as fêmeas ficam um pouco sem apetite. Em dois ou 3 dias no máximo ela deve estar se alimentando de forma normal. É comum que uma fêmea que tenha passado por uma segunda cirurgia abdominal, fique menos disposta para subir escadas e pular.
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