Inteligência canina – A genialidade dos cachorros
O novo Livro de Brian Hare, sobre cães e lobos tem sido ultimamente uma rica fonte de pesquisa para jornalistas de todo o mundo, no que se refere a inteligência canina. Segundo Richard Wrangham, autor do Catching Fire and Demonic Males, não existe ninguém melhor na atualidade para falar sobre nossa relação com os cachorros.
Brian Hare, já foi citado aqui no blog por mim, no post ‘Por que os cachorro latem?‘, ele atua na área de pesquisas de comportamento canino, é um antropólogo evolucionário, e fundador do Duke Canine Cognition Center. Brian pesquisa e comprova em seus artigos a inteligência canina e a capacidade de lidar com pessoas e situações para melhorar sua inter relação com os humanos e evoluir suas habilidades para estabelecer um aprimoramento no convívio social.
Segundo Brian Hare nossos adorados cães comprovadamente evoluíram intencionalmente para conviver positivamente com as pessoas, e também de acordo com Brian esta é a única espécime animal que se esforçou para ter esta interação social. Então, afinal, quem domesticou quem?
Desde que os cachorros foram ‘domesticados’ a cerca de 40.000 anos atrás, eles começara a ser tratados como bebês humanos ao contrário do lobo. Mas para Brian, essa domesticação não passa de um tipo de ‘inteligência social’ ou inteligência canina. Os cachorros foram compreendendo que poderiam extrair muitas vantagens nesta relação conosco. “Há mais cachorros no mundo do que quase qualquer outro mamífero”, comenta Brian “Eles vivem onde quer que você encontre pessoas.” No Livro The Genius of Dogs, ele relata que a iniciativa de se aproximar dos humanos, teria sido pura inteligência canina, eles teriam evoluído a partir dos lobos, como resultado da seleção natural entre eles, ao observar vantagens para benefício mútuo, e não como acreditava-se antes, por meio de uma seleção artificial orquestrada pelos humanos.
Alguns lobos, teriam compreendido que para sua sobrevivência, aproximar-se de humanos seria uma escolha interessante e que eles também teriam muito a oferecer para os humanos. Auxiliando na guarda de suas recém-formadas fazendas, dando alarme ao observar intrusos e muitas outras funções que os humanos foram aprendendo junto com os cães ao longo do tempo.
No passado, os cachorros eram ainda mais importantes para os humanos antigos. Imaginem os povos Nórdicos na época dos Víkigns, eles viviam em uma região tão gelada, em condições tão primitivas, que deveria ser impossível se aquecer de noite no inverno sem o auxílio de um cachorro. Mesmo anos e anos após este período, cães eram muito necessários na vida das pessoas. Nos castelos, por exemplo, todos os nobres tinham cães que dormiam em seus quartos, para manter os ratos distantes, para aquecer, para proteger. Imagino que no passado, quando ainda não havia luz elétrica, ninguém conseguisse se sentir de fato protegido sem ter um cachorro ao seu lado.
No livro, ele relata que as raças de cachorro que conhecemos são relativamente bem novas, elas existem a cerca de 150 mil anos e estas raças certamente resultaram de uma interferência dos homens. Mas ele acredita que esta interferência deu-se após muito tempo de convívio natural entre cães e homens.
Para o antropólogo, com certeza os cachorros são gênios, ele afirma que aprendemos mais sobre a inteligência canina na última década do que sabíamos até o século passado. De fato não é muito óbvio, discursar sobre a genialidade de nossos amados peludos, mas descobrir as respostas faz parte da diversão.
Os cachorros tornaram especialistas em identificar afinidades e se comunicar com os seres humanos e também conseguem aprender tudo isso muito cedo, isso se faz, graças aos cachorros serem extremamente observadores e conseguirem se conectar ao que outros indivíduos estão imaginando ou fazendo.
Os cachorros tem muita habilidade para perceber os nossos estados emocionais. E sua capacidade de decifrar nossa tristeza, angústia, felicidade, faz com que suas reações sejam perfeitas para cada circunstância, uma habilidade que muitos humanos, ou não possuem, ou perdem no meio do caminho de suas vidas. E este tipo de interação aproxima estes seres tão maravilhosos de nós como nenhum outro animal que exista na terra. Seja por inteligência canina ou simplesmente amor verdadeiro, não é a toa que os cachorros são conhecidos como o melhor amigo do homem.
Official fan page of Brian Hare
Leia uma entrevista de Brian Hare para o Slate.com
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