Quem tem um cachorro em casa sabe bem como os cães demonstram emoções, com todo o seu amor incondicional ao seus donos e familiares. Durante muito tempo, especialistas condicionaram essas demonstrações de afeto como algo meramente instintivo, supondo que os cachorros seriam capazes de manipular essas atitudes devido a necessidade de receber cuidados e alimento. Mas para quem tem em casa um cachorro, não é nenhuma novidade o que cientistas estão conseguindo comprovar através de novos estudos realizados recentemente. Os cães tem integridade, seus sentimentos podem ser facilmente identificados através do olhar e o amor que esses animais sentem por nós, humanos, é verdadeiro e incondicional.
Por outro lado, amamos nossos animais como filhos e também para quem convive com cachorros, não é nenhuma novidade que o amor que sentimos por eles seja igual a um amor de pais para filhos. Nossos pets são parte da família, são importantes para nós, nos fazem bem, e desejamos que eles saibam o quanto os amamos. Finalmente a ciência está comprovando o que é bastante óbvio para muita gente, e fizemos uma pesquisa para saber quais as novidades desses estudos sobre nosso relacionamento e nossas emoções com relação aos nossos bichinhos.
Pesquisas descobrem que o amor e as emoções que sentimos pelos nossos cães, são iguais as emoções que pais vivenciam com seus filhos
Estudos científicos concluíram que a experiência que vivenciamos ao adotar um cachorro é muito semelhante a sensação que pais experimentam ao ter um filho.
Pesquisas realizadas com proprietários de cães descobriram que quando donos de cães brincam com seus cachorros, experimentam o mesmo tipo de reação hormonal que acontece com pais ao brincarem com seus filhos. Este hormônio, é a ocitocina, que também pode ser chamado de hormônio do “amor incondicional”, é esta explosão hormonal que as pessoas sentem quando se apaixonam.
A oxitocina também atenua o stress, combate a depressão e desperta segurança nas pessoas. Em uma recente pesquisa realizada no Japão, foram estudados 55 proprietários e seus animais de estimação. Durante 30 minutos foi solicitado que um primeiro grupo de proprietários brincassem com seus cães. Antes e após este período de brincadeira, os proprietários, foram submetidos a exames laboratoriais a fim de medir os níveis de ocitocina.
Um segundo grupo de proprietários ficou sentado em uma sala junto aos seus cães e foram orientados a evitar completamente olhar para seus cachorros.
As sessões foram filmadas e o tempo em que os cães e as pessoas se olharam nos olhos foi medido.
Proprietários e cachorros que passaram um longo tempo fazendo contato visual, ficavam em média dois minutos e meio olhando um para o outro, durante a sessão de brincadeiras, estes proprietários tiveram um aumento de 20% em seus níveis de oxitocina.
No entanto, o outro grupo, em que os proprietários evitaram olhar para o seu cachorro, sofreram uma ligeira queda em seus níveis de oxitocina.
Proprietários que tinham permissão para olhar nos olhos de seus cachorros tendiam a avaliar sua relação com o seu animal de estimação como mais satisfatória do que os proprietários que não puderam olhar para seus cães.
Os biólogos responsáveis pela pesquisa concluíram que um aumento no nível de ocitocina explica porque brincar com cães melhora o humor, a ansiedade e a depressão. Talvez a oxitocina tenha desempenhado um papel fundamental para a domesticação de filhotes de lobos, cerca de 15.000 anos atrás.
O Responsável pela pesquisa Sr Kikusui disse que o que o motivou para fazer esta pesquisa foi o fato de ser um apaixonado por cães e querer compreender o que acontece em seu corpo quando ele está olhando para seu cão. Ele acredita que durante o processo de evolução, os cães começaram a compartilhar os mesmos sinais sociais humanos, como contato visual, e gesticulações, que capacitaram os cães a adaptar-se em nossa sociedade.
Uma pesquisa anterior, publicada na revista Hormones and Behaviour, havia administrado uma substancia em dois grupos de pessoas, um dos grupos recebeu placebo e outro oxitocina. O grupo que recebeu oxitocina, olhava para os olhos das pessoas com mais frequência e por mais tempo do que os indivíduos que receberam placebo.
A oxitocina é um hormônio produzido pelo hipotálamo e é armazenado na hipófise. Este hormônio tem a função de promover as contrações musculares uterinas e reduzir o sangramento durante o parto. Estimula a liberação do leite materno, desenvolve apego e empatia entre pessoas, mas também produz medo do desconhecido.
Estudos com cães concluem que eles sentem emoções da mesma forma que uma criança humana
Uma outra pesquisa realizada nos EUA concluiu que por sua vez, com os cães não é muito diferente, afinal eles realmente tem sentimentos e se utilizam da mesma região do cérebro que nós para experimentar suas emoções.
Através de exames de ressonância magnética em cães não sedados, mas treinados para ficarem perfeitamente quietos na máquina, cientistas puderam concluir que a mesma área do cérebro que nós utilizamos quando relacionamos a elementos que gostamos, como comida e amor, é ativada no cérebro dos cães quando estimuladas. Portanto é possível afirmar com propriedade que nossos cães possuem um nível de sensibilidade muito semelhante ao das crianças humanas.
De acordo com jornal New York Times, os pesquisadores tinham como objetivo inicial, determinar como o cérebro dos cães funcionam e o que eles pensam das pessoas. Após meses de pesquisas, conseguiram concluir que os cães também experimentam emoções complexas.
Cães foram treinados para serem examinados no aparelho de ressonância magnética sem usar anestesia, eles precisavam ficar imóveis durante 30 segundos. Quando os peludos já estavam respondendo de forma positiva ao treino, os exames puderam revelar quais partes do cérebro dos cachorros distinguem os aromas de cães e seres humanos, familiares e não familiares.
Descobriram então, que havia uma semelhança notável entre cães e seres humanos, tanto na estrutura quanto na função de uma região chave do cérebro: o núcleo caudado (o núcleo caudado fica entre o tronco cerebral e córtex e é rico em receptores de dopamina).
Em humanos, esta região do cérebro desempenha um papel fundamental na antecipação de coisas que gostamos, e nos nossos peludos, a pesquisa comprovou a resposta a estímulos muito semelhantes ao que acontece conosco.
Os neurocientistas analisam que estas relações tão semelhantes podem ser uma indicação de que nossos cães tem sentimentos como nós.
A capacidade de experimentar emoções positivas, como o amor e o apego, significaria que os cães têm um nível de sensibilidade comparável à de uma criança humana.
A mesma parte do cérebro de um dos animais estudados teve uma resposta aumentada quando um proprietário que havia ficado momentaneamente fora da vista de seu peludo, voltou para perto dele. Portanto, as mesmas coisas que ativam o núcleo caudado do cérebro humano, que estão associados a emoções positivas, também ativam a mesma região do cérebro do cachorro.
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