Já conversamos aqui no Blog do Cachorro sobre claudicação, ou seja, dores ocasionadas por inúmeras doenças ósseas, lá falamos um pouco sobre displasia coxofemoral, porém é um assunto que merece um pouco mais de informação. No Brasil tivemos um retrato muito assustador há alguns anos atrás de displasia coxofemoral com a chegada de cães importados, alguns dizem que a Alemanha mandava todos os Rottweilers e Pastores Alemães
displásicos para o Brasil, quando bons criadores tentavam melhorar sua linhagem de cães de raça, fazendo importações. E estes criadores estrangeiros agiam de má fé, justamente para se livrarem destes exemplares, com isto tivemos algumas décadas em que este problema ficou absurdamente crítico no país, outra raça com grande incidência de casos diagnosticados com displasia coxofemoral foi a raça Retriever do Labrador.
Mas com a intervenção de bons criadores aqui no Brasil, hoje temos conseguido eliminar uma quantidade significativa deste problema que acomete cães de todas as raças, sexo ou idade.
A displasia coxofemoral é uma das doenças ósseas mais comuns em cães e afeta milhões de cachorros em todo o mundo. Conforme a doença progride, as articulações do quadril do cachorro começam a degenerar, causando aumento da dor e problemas de mobilidade para o cachorro. Se a displasia não for diagnosticada e tratada, o cachorro afetado por este problema, acabará incapacitado de locomover-se com suas patas traseiras além é claro de sofrer dores bem desagradáveis. No entanto, a grande maioria dos cães com displasia da anca podem levar uma vida plena e ativa, principalmente se a doença for diagnosticada precocemente e o tratamento adequado for administrado e mantido provavelmente para o resto de sua vida.
O que é displasia coxofemoral?
A displasia coxofemoral também popularmente conhecida como descadeiramento, ou displasia na anca é uma má formação das articulações que unem as pernas traseiras do cachorro com sua cintura pélvica. Estas más formações costumam gerar dor e dificuldade de se locomover. A displasia coxofemoral pode ser leve, gerando incômodo fraco, ou pode ser severa gerando dores e artrite.
Esta condição é causada por uma frouxidão de uma articulação na pélvis, que deve ser apertada. Se a articulação do quadril não estiver na posição precisa e não encaixar corretamente, a fricção provoca a degeneração das articulações, o que acabará levando à perda de função nas articulações do quadril.
Não pense que a displasia coxofemoral atinge apenas cães de grande porte, é mais comum entre eles devido ao grande peso em suas articulações e o crescimento acelerado, mas a displasia coxofemoral atinge também cães de pequeno porte e cães de médio porte.
Displasia coxofemoral em cães poderá ser causada por um número de fatores genéticos e ambientais
Alguns cães podem nascer com displasia coxofemoral, como citei anteriormente, devido a uma predisposição genética herdada de seus pais, é um distúrbio complexo, com múltiplos genes envolvidos. Portanto, não é algo facilmente erradicado de uma raça ou linhagem particular, necessita de um trabalho rigoroso por parte dos criadores. Este trabalho de entrecruzamento envolve exames radiográficos detalhados dos exemplares machos e fêmeas de diversas gerações.
Os cães também podem desenvolver a doença nos últimos anos de suas vidas com o aparecimento de artrites, devido a degeneração das articulações, por esforço, peso, problemas de coluna e outros fatores, que acabam incapacitando o animal de andar com suas patas traseiras.
Os fatores ambientais também podem causar a displasia coxofemoral. Cães que engordam muito rápido, às vezes em fase de crescimento, alguns fatores nutricionais como excesso ou falta de nutrientes, problemas musculares na região lombar, lesões pélvicas ou lesões por esforços causados por movimentos repetitivos, excesso de exercícios físicos, principalmente, mas não limitado a animais mais jovens que ainda não completaram todo seu desenvolvimento físico. E até mesmo possíveis acidentes como um tombo de uma escada ou até mesmo algo aparentemente mais leve.
Cães são como crianças e devem ser acompanhados o mais de perto possível, principalmente na época de crescimento, mesmo um pequeno tombo sem importância deve sempre ser checado. Leve sempre seu cachorro ao veterinário, caso ele apresente qualquer dificuldade ao caminhar.
Os primeiros indícios de displasia coxofemoral geralmente poderão ser observados entre os quatro e seis meses de idade. No caso de displasia em filhotes de cachorros, ocorre uma frouxidão da articulação que se desenvolve durante o crescimento do cão.
Em os casos de displasia adquirida, ou seja, quando ela se apresenta após o período de crescimento do animal, geralmente a causa desta displasia será devido a uma forma de artrite chamada osteoartrite, o que faz com que a cartilagem das articulações comecem a se deteriorar. O início também pode ser devido ao extremo desgaste das articulações, este tipo de displasia é bastante comum em cães de trabalho, principalmente aqueles que são utilizados como cães farejadores, em resgates ou salvamento que costumam trabalhar em superfícies duras durante toda sua vida.
A displasia coxofemoral tem duas origens distintas:
Portanto, pelo que acabamos de analisar aqui, podemos afirmar que existem dois tipos de displasia coxofemoral, a displasia coxofemoral congênita e a displasia coxofemoral adquirida, então vamos entender melhor as principais diferenças entre elas:
Displasia Coxofemoral Congênita: quando o cachorro nasce com o problema e desenvolve os sintomas precocemente, esta displasia coxofemoral será observada a partir dos 4 meses até 1 ano de idade, sem histórico de trauma ou qualquer outro agravante.
Displasia Coxofemoral Adquirida: quando o cachorro desenvolve problemas nas patas traseiras devido algumas ocorrências, como traumas que levam a sub luxação ou luxação total da articulação, possíveis fatores ambientais, quando cães muito pesados convivem diariamente com um piso muito liso, onde força constantemente as articulações, assim como a obesidade e também o desgaste natural da articulação com o avanço da idade desenvolvendo quadros de artroses severas.
Quais são os sintomas da displasia coxofemoral
Caso observe alguma diferença no caminhar de seu cachorro, é importante que você esteja ciente que os sintomas dependem do grau de frouxidão das articulações, do grau de inflamação das articulações, e da degeneração presente nelas. Também não é incomum que os níveis de dor que um cachorro apresenta esteja correlacionado com o progresso da doença. Existem animais que apresentam um nível de displasia coxofemoral leve e mesmo assim, apresentarão dor extrema. E também não é incomum que alguns cachorros que apresentam displasia severa possam nos dar a impressão de estarem lidando muito bem com a displasia.
Os sintomas mais comuns a serem observados para cães que apresentem algum quadro de displasia coxofemoral são:
- Manqueira
- Andar rebolando ( a extremidade traseira se move para trás e para a frente de forma acentuada )
- Saltar como um coelho (principalmente ao subir escadas)
- Dificuldade para se levantar
- Dificuldade ao subir escadas ou pular
- Dor ao andar, correr e se exercitar
- Rigidez das articulações posteriores
- Dor ao toque
- Manter as patas traseiras mais próximas ao corpo do que as dianteiras
Na displasia tardia:
- Nítida rigidez muscular nas patas traseiras
- Artrite
- O cão demonstra-se nitidamente relutante em ser tocado
- Comportamento agressivo inexplicável
- Incapacidade de se levantar
Diagnóstico da displasia coxofemoral – Como diagnosticar um cachorro displásico?
Como sempre costumo aconselhá-los aqui, é fundamental acompanhar de perto a saúde de seu cãozinho, como tutores, temos o dever de cuidar com muito carinho de sua saúde, portanto em qualquer sinal de dor ou algum sintoma dos quais descrevi neste texto, leve seu animalzinho imediatamente ao veterinário para fazer exames.
Provavelmente, seu veterinário irá avaliá-lo em uma consulta inicial, analisando suas articulações e verificando se existem indícios concretos de frouxidão das articulações dos quadris. Que como já observamos aqui é um forte indicativo de que o animal apresente algum nível de displasia coxofemoral. E se no caso, seu cão for um filhote, este será também um indicador precoce da doença.
No entanto, se seu cão for um animal mais velho, provavelmente seu veterinário irá procurar no cachorro uma perda de massa muscular nos músculos da coxa e também uma ampliação dos músculos do ombro (devido à compensação muscular).
O principal teste de avaliação é o de frouxidão e por isso provavelmente será necessário sedar o cão para que o veterinário consiga manipular a articulação do quadril, sem causar dor ao cachorro. Após estes exames clínicos, caberá ao médico decidir se é necessário a confirmação através de uma radiografia coxofemoral.
Segundo o Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária, o diagnóstico de displasia conclusivo só pode ser obtido após 24 meses de vida do animal, devido ao final do crescimento do cachorro. Exames realizados em animais mais jovens deverão por tanto ser repetidos para que se obtenha um laudo definitivo.
Fêmeas gestantes, não podem realizar este exame pois poderá prejudicar a formação dos filhotes. Fêmeas que tiveram filhotes há menos de 30 dias, também não deverão realizar este exame devido a sua ossatura ainda não ter retornado ao normal.
Portanto, o único diagnóstico preciso capaz de diagnosticar a displasia coxofemoral só poderá ser obtido através de uma radiografia coxofemoral, que necessitará ser realizada com o cachorro anestesiado. Para realizar este exame, o animal necessitará estar em jejum e ficará completamente imóvel e esticado. Por este motivo é necessário sedá-lo. Esta é a única maneira de saber precisamente se o seu cachorro tem displasia, porque como já comentei aqui, há cães com displasia severa que não apresentam nenhum sintoma e cães com displasia bem discreta que apresentam sintomas severos.
O raio-x irá nos fornecer precisamente a informação sobre o avanço da degeneração e também se esta degeneração pode ter afetado a medula espinhal do animal.
Quando um animal possui um agravamento na medula espinhal, possivelmente ocorrerá uma descoordenação dos membros, que poderá gerar uma dificuldade severa ao andar e até mesmo paralisia, perda de equilíbrio e outras condições associadas.
Seu veterinário também poderá solicitar o perfil químico no sangue do cachorro que incluirá um hemograma completo e painel de eletrólito e urinálise.
Por tudo isso é sempre muito importante ao comprar um cachorro, obter toda a informação possível sobre sua linhagem e sobre a condição física de seus pais. Qualquer informação que você possa fornecer aos médicos sobre o seu animal será útil para o diagnóstico. No entanto, não esqueça que mesmo que você tenha sido muito cauteloso na hora da compra de seu cachorro, pais completamente livres de displasia coxofemoral, não estão isentos de produzirem filhos com algum nível de displasia.
Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, melhor as opções de tratamento disponíveis. Ou seja, quanto mais tempo demorar para diagnosticar um cão com displasia coxo femural, mais a degeneração das articulações irá progredir. Piorando as chances de inibir a degeneração.
Por estes motivos, se você suspeitar que seu cão possa sofrer de displasia coxofemoral, ou se você é proprietário de uma raça de cachorro que seja mais propensa à desenvolver esta doença, não deixe de levá-lo ao seu veterinário para fazer exames.
Tratamento da displasia coxofemoral – Como podemos tratar um cachorro displásico?
Os tratamentos podem ser medicamentosos ou cirúrgicos dependendo da gravidade da doença. São usados anti-inflamatórios associados aos condroprotetores. Além de terapias alternativas como a acupuntura para o controle da dor.
As opções de tratamento para cães displásicos, muitas vezes, dependem da idade do cão, tamanho, a progressão e do tipo de displasia (se é prematura ou tardia). A gravidade da frouxidão articular também vai contribuir para a possibilidade de optar pela cirurgia ou optar por um tratamento medicamentoso.
A terapia para minimizar os sintomas e controlar a evolução da displasia inclui além de medicação e fisioterapia e acupuntura, a hidroterapia que é um ótimo exercício de baixo impacto para fortalecer a musculatura em cães com displasia coxofemoral.
O controle do peso também será um aliado importantíssimo no tratamento de cães afetados pela displasia pois a manutenção do peso ajuda na a recuperação, uma vez que diminui a pressão que é aplicada na região, reduz a inflamação.
Em caso de filhotes, dietas especiais, concebidas para raças de cães com rápido crescimento nem sempre são apropriadas para diminuir a gravidade da displasia coxofemoral, portanto é importante conversar longamente com seu veterinário a respeito. Estas rações prometem ajudar os ossos e músculos dos filhotes que crescem com uma velocidade adequada para o bom desenvolvimento, mas nem sempre os resultados destas rações são satisfatórios.
Massagem, fisioterapia e exercícios de baixo impacto que envolvam a construção e manutenção muscular são altamente recomendados. Alguns exemplos destes exercícios incluem caminhadas em terreno apropriado e especialmente, natação (incluindo hidroterapia). Atividades como saltar , jogar bola ou frisbee, que colocam uma pressão adicional sobre a articulação, devem ser evitadas.
Para osteoartrite e artrite degenerativa, medicamentos chamados glicosaminoglicanos polissulfatados ou PSGAGs podem ser prescritos. Estes medicamentos são componentes da cartilagem articular e aumentam a produção destes componentes articulares naturalmente. Recomenda-se manter o cachorro que apresenta artrite, sempre aquecido e fora de ambientes frios, úmidos e correntes de ar, para que ele não sinta dor. Cães com problemas de artrite precisam ter um lugar confortável para deitar, como caminhas, colchões ou tapetes.
Displasia Coxofemoral em cães – Tratamentos cirúrgicos
Existem várias formas de cirurgia que são utilizadas para o tratamento de displasia coxofemoral em cães. Seu veterinário irá fazer recomendações com base na idade e condição de seu animal. Em caso de cirurgia a técnica mais usada é a artroplastia excisional de cabeça e colo femoral, a conhecida colocefalectomia e atualmente surgiram técnicas mais modernas como a colocação de prótese total de cabeça e colo femoral e acetábulo além da cirurgia de sinfisiodese púbica juvenil, para cães jovens de até no máximo 6 meses de idade.
A cirurgia juvenil (JPS ) – é realizada em cães mais novos de seis meses de idade. A idade ideal para JPS é de 4 meses. A cirurgia envolve a fusão de parte da pélvis para melhorar a estabilidade da articulação do quadril. Filhotes devem ser castrados no momento da JPS para evitar procriação antiética. A JPS é muito menos invasiva e dispendiosa de que a cirurgia de osteotomia pélvica tripla.
Osteotomia pélvica tripla ou tripla osteotomia pélvica – é uma reconstrução de estabilização da articulação do quadril. É geralmente realizada em cães jovens (com menos de um ano de idade ), com fraca cobertura da cabeça femoral. Ela ajuda a conter a subluxação e lassidão que levam à artrite severa. Se houver sinais precoces da doença articular degenerativa (DAD) do quadril, é discutível se a osteotomia pélvica tripla é uma boa opção. A osteotomia pélvica tripla é geralmente reservada para cães com subluxação, mas por outro lado com bons quadris. Quando são necessárias cirurgias bilaterais, a maioria dos cirurgiões solicitará de um a dois meses de intervalo entre as intervenções cirúrgicas.
Ostectomia da cabeça femoral – substituição de quadril – é uma cirurgia tipo “resgate” feita geralmente em cães maduros que não estão respondendo bem à terapia de manutenção e que sofrem de osteoartrite grave. A maioria dos cães terá recomendação para este tipo de cirurgia, que tem a função de aliviar a dor do quadril após o período de recuperação. Esta cirurgia envolve a remoção da cabeça do fêmur, e sutura da cápsula articular. Recomenda-se que o animal esteja com um peso adequado antes da cirurgia, não é recomendada para cães com excesso de peso. A terapia física irá ser necessária após a operação. A recomendação desta cirurgia é principalmente para raças de pequeno e médio porte que irão se dar muito bem após a cirurgia. Os cães maiores tem um resultado mais imprevisível, mas geralmente suas vidas também tornam-sem ais confortáveis.
Substituição total do quadril – Artoplasia Coxofelural Total (ACT) – consiste em substituir a articulação coxofemoral por uma cúpula acetabular e por um componente femoral com cabeça, colo e haste femoral. Este procedimento é considerado como a melhor opção cirúrgica (95% de sucesso) em cães de raças gigantes clinicamente afetados e com osteoartrite avançada.
Em essência, o implante de THR (Total hip replacement) fornece ao cão um quadril artificial que mesmo que não traga a estrutura anatômica normal, a ACT restabelece os mecanismos articulares e preserva a função do membro sem dor.
Artroplastia de quadril – é realizada quando a cirurgia de substituição do quadril tem custo proibitivo. Nesta cirurgia a esfera de articulação do quadril é retirada deixando os músculos atuarem como juntas. Esta cirurgia funciona melhor para cães com peso inferior a 44 kg, e para cães com boa musculatura do quadril.
Como com qualquer procedimento cirúrgico, as complicações podem surgir envolvendo algum grau de risco. Estes podem incluir infecções, luxações, fraturas do fêmur, o afrouxamento dos implantes e danos nos nervos. No entanto, em geral, estas complicações ocorrem em um baixo percentual dos casos.
Como prevenir meu cachorro de ter displasia coxofemoral?
O início da prevenção de displasia será na hora da escolha do filhote, caso você opte por um cachorro de raça pura, procure um criador responsável. Acredita-se que se dois cachorros com displasia coxofemoral não acasalarem, não existirá problema para seus filhotes. Isso simplesmente não é verdade. Dois cães com radiografia coxofemoral que tenham permissão para acasalamento, ainda assim poderão produzir descendentes displásicos se os genes responsáveis por essa doença estiverem presentes na árvore genealógica de seus ancestrais. Por este motivo a reprodução seletiva é fundamental na redução da probabilidade de cães com predisposição genética de adquirir displasia coxofemoral ao longo de sua vida.
Criadores sérios e responsáveis irão garantir que seus cães possuem uma linhagem saudável, que poderá ser rastreada por várias gerações.
Ao comprar um filhote tente olhar para a musculatura equilibrada nos membros traseiros, o que reduz a incidência de displasia. Para quem pretende comprar um cão, a melhor maneira de diminuir a possibilidade de obter um animal que possa vir a desenvolver displasia é examinar a incidência de displasia coxofemural na linhagem dos exemplares que deram origem a sua ninhada. Você poderá solicitar a um criador confiável os laudos de exames não só dos pais e avós da ninhada, mas ainda três ou quatro gerações anteriores, principalmente no caso de compra de cães de raças com predisposição genética em desenvolver a doença.
Infelizmente, criadores de cachorro de fundo de quintal irão gastar pouco com o cuidado com a saúde genética de seus reprodutores e nestes casos provavelmente haverá uma maior probabilidade de displasia coxofemoral em ninhadas de criadores irresponsáveis.
Confira a seguir a classificação de displasia coxofemoral para animais reprodutores:
Classificação da Displasia Coxofemoral |
||
Classificação | Grau e Descrição | Reprodução |
HD- | Sem sinais de displasia coxofemoral | Apto à reprodução |
HD+/- | Articulações coxofemorais próximas do normal | Apto à reprodução |
HD+ | Displasia coxofemoral de grau leve | Ainda permitido |
HD++ | Displasia coxofemoral de grau moderado | Não apto à reprodução |
HD+++ | Displasia coxofemoral de grau severo | Não apto à reprodução |
Também é importante manter-se informado sobre as necessidades nutricionais de seu cachorro. Quando um filhote tem uma predisposição genética para a displasia coxofemoral, a alimentação que contenha um alto teor calórico, dieta rica em proteínas que produz rápido ganho de peso irá aumentar a probabilidade de desenvolver a doença, porque os ossos e musculatura irão crescer muito mais rapidamente.
A hiperalimentação de um cão, também acabará fazendo com que a obesidade agrave problemas articulares, podendo levar a displasia, causando inflamação articular ao colocar pressão extra sobre as articulações.
Filhotes necessitam de doses equilibradas de exercícios físicos. Atividades de alto impacto, como saltar (especialmente sobre as patas traseiras) colocará pressão extra sobre os quadris do cachorro que também pode levar à deterioração das articulações do quadril. Por isso não permita que seu filhote pule nas pessoas nem fique olhando pelas janelas. É importante evitar atividades que possam causar esforço repetitivo ou que não são naturais na movimentação de um cachorro.
Resumidamente, a melhor maneira de se evitar a displasia coxofemoral é não deixando que filhotes façam exercícios que causem impacto, que fiquem obesos, vivam em pisos lisos, passem por algum trauma ósseo na fase do crescimento. Já no caso da displasia coxofemoral congênita, retirando os cães displásicos da reprodução, consegue-se uma diminuição do problema, o método não é infalível porque alguns cães não tem a displasia coxofemoral, porém carregam o gene que a transmite para gerações.
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